Te Vejo Num começo de mar Num findar de Estação No perfeito do par Na canção da canção Numa reta de rua No quadrado da cama No redondo da lua E na chama da chama No início do verso No final do poema Na palavra UNIVERSO Que é você e meu tema No carinho que faço No que fazes em mim No espaço do espaço Entre o “não” e o “sim” Nesse gole de vinho Nesse som de bolero No dançar coladinho Nesse quero-te-quero Nessa mão, nessa saia Nessa coxa que aliso Nessa língua que ensaia Em lamber teu ouvido Nesses olhos fechados Nessa boca entreaberta Nesses peitos colados No meu peito que aperta No teu corpo encostado Nessa fria parede Nesse lábio sugado Nessa mútua sede Na cintura que abraço No veludo da fala No batom que desfaço No tapete da sala Nesse beijo de boca Ou no beijo invertido Onde a voz cala rouca Num falar sem sentido Nesse corpo suado Nesse encaixe perfeito No dançar ritmado No cabelo desfeito Nesse sobe que desce Nesse desce que sobe Onde tudo se pede Onde tudo se pode Nesse homem que geme Nesse macho que urra Nesse corpo que treme Nesse lobo que uiva Nessa mulher que eu amo Nessa santa que reza Nessa fêmea que eu como Nessa puta que eu quero Nesse abraço por trás Nesse abraço por frente No prazer que me dás Nesse gozo da gente... ************** Antoniel
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