MEU VERSO, MEU AMOR, MEU INFINITO...
pra cada verso meu serás destino,
pra cada pensamento, o pensamento...
pra cada banho meu, a gota d'água,
pra onde eu caminhar serás meus passos...
na lágrima a cair terás meu beijo,
e quando eu chorar terei os teus...
na noite que doer serei presença,
e em cada amanhecer eu estarei...
serás pra sempre no meu coração,
e no teu coração sempre serei.
tu és o meu sorriso sem motivo,
e o motivo de cada riso meu...!
tu és mais do que o ar que eu respiro,
és maior que o mundo, és meu mundo...
e vivendo em ti, todo e profundo,
tu dirás até quando viverei...
que ceguem os meus olhos, por ventura,
eu mirar outro olhar senão o teu...
que minha boca só fale o adjetivo
depois que eu te chamar de "amor (meu)"!
que eu não saiba escrever palavra alguma,
que as letras me fujam da memória,
que a rima e o ritmo me abandonem,
se não for pra contar a nossa história...
que o papel se amasse e a pena falhe,
que se esvaia de mim a inspiração,
se no primeiro verso do poema,
não sentir tua mão na minha mão...
mas meu interior me diz baixinho,
que meus versos jamais vão perecer...
e é ele quem escreve este carinho,
dizendo o quanto eu amo você...
meus olhos, por não verem além de ti,
revela que, por certo, cegarão...
e muda ficará a minha boca,
pois quem diz "eu te amo" é o coração...
me diz que a palavra, a letra e a rima
não sairão no papel por minha mão...
surgirão do meu ser, não da memória,
:a memória é volátil, o amor não...
ele fala baixinho, mas eu grito:
MEU AMOR POR TI NÃO CABE NO INFINITO!
* * *
Antoniel Campos
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