São Paulo de todos os povos
								Marcelo Marques
			Esposa de tantos maridos,
			Confidente e amiga  
			de tantas esposas... 
			Amante ardente
			De tantas paixões;
			Dona de tantos corações...
			
			Cidade, da nossa idade,
			Nossa Cidade, 
			Que tanto se dá...

			Cidade,
			De tantas lágrimas, 
			e separações...
			De tantas decepções 
			e alegrias.
			Da superlotação...
			Tão vazia.
			Do Tudo e do Nada...
			Da cara amarrada,
			Do sorriso aberto,
			A qualquer hora.
			De todas as línguas,
			De mudos, de surdos.
			De todos os povos...
			
			Das "Avenidas  Paulistas"
			Com seus Marajás,
			Bancos, Fachadas,
			Seus arranha-céus,
			Seus mendigos nas calçadas...
			Seus juízes e seus réus.
			
			Das Mil Avenidas,
			Que em um poema 
			não podem caber.
			Dos milhões de vidas,
			Que vivem lutando 
			Pra sobreviver.
			Que vêm de longe, 
			E para longe vão...
			Que sobem na vida,
			Ou despencam ao chão...
			
			São Paulo,  onde todos querem,
			Através de ti,  alcançar o céu.
			São Paulo,  de todos os Povos ;
			És nossa Moderna Torre de Babel.
			      
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